Por Que as Empresas Pagam 73% de Prémio por BTC?

A Alquimia Está no Balanço Patrimonial

Eu não sigo a histeria. Mapeio estruturas de capital. A Strategy não se tornou uma empresa de $1B comprando BTC — comprou títulos conversíveis que lhe permitiram possuir BTC com um prémio de 73% sobre o NAV. Por quê? Porque instituições ainda não podem custodiar cripto diretamente. Compraram papéis que espelham o ativo — como o GBTC da Grayscale antes de virar um ETF.

O Título Conversível como Porta dos Fundos

STRF, STRK, STRD — três níveis de ações preferenciais perpétuas, calibradas à tolerância ao risco. STRF: 10% de dividendo cumulativo, prioridade acima de tudo. STRD: sem acúmulo, rendimento mais alto, sem rede de segurança. Isso não é generosidade — é engenharia de derivativos. Quando o BTC ultrapassa os $108K, a conversão dispara. Se cair? Você recupera seu principal.

O Prémio Não É Sobre BTC — É Sobre Acesso

A Coinbase Custody cobra 0,2%. A carteira multi-sig da Fidelity é infraestrutura. Mas se você é um investidor institucional sem licença de custódia? Paga \(433M por \)92M em exposição a BTC porque a porta está trancada.

SharpLink e Upexi: A Nova Arquitetura

SharpLink emitiu novas ações com prémio de 54% para comprar ETH — não porque ETH é barato — mas porque os ETFs ainda não são aprovados. Upexi pagou $100M por direitos de质押 SOL com MEV upside.

Isso não é investimento — é arbitragem regulatória disfarçada como finança.

Quando a Música Parar

O prémio não durará para sempre. Quando os reguladores fecharem a porta dos fundos — se e quando os mercados permitirem ETFs diretos de cripto — toda a estrutura desmoronará como o GBTC fez em 2022. Eu não aposto na subida do BTC — aposto em quem tem as chaves quando a música parar.